Erta Souza // ertasouza.rn@dabr.com.br
O cidadão norte-rio-grandense continua desassistido nas áreas de educação, saúde e segurança. E, ao que tudo indica, a situação pode se complicar nos próximos dias. Os policiais civis do Estado, que paralisaram suas atividades a partir de ontem, se somam aos professores e médicos, que já estavam em greve. Cerca de 93% dos 18 mil professores da rede estadual continuam com de braços cruzados e sem expectativa de encerrar o movimento, iniciado desde o último dia 2. Apenas os estagiários e contratados não aderiram à paralisação e continuam mantendo o funcionamento mínimo em 93% das 736 escolas do Rio Grande do Norte.
Paralisação da Polícia Civil, iniciada ontem, se soma às de outras categorias da administração direta e da indireta |
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed/RN), Geraldo Ferreira, aproximadamente 120 estão com os salários em dia, entretanto optaram continuar em greve até que a situação da incorporação seja solucionada. "Estamos tentanto um contato com o governo, mas se não tivermos uma resposta vamos entrar em greve, porque dessa incorporação não podemos abrir mão", ressaltou o presidente do Sinmed. A categoria se reúne hoje às 19h em seu sindicato, para definir a possível paralisação.
Agentes
Após uma greve que durou 13 dias, os 250 agentes de endemias podem voltar a paralisar suas atividades a partir de amanhã. A decisão sobre a nova paralisação será tomada pela categoria ainda hoje, após audiência da diretoria do Sindicato dos Agentes de Saúde do Rio Grande do Norte com a prefeitura. Desta vez, os funcionários terão o apoio dos 608 agentes comunitários de saúde (ACS), que trabalham na Estratégia de Saúde da Família de Natal.
A reivindicação dos agentes é a mesma: receber a gratificação de vigilância sanitária (GVISA). Segundo Jeferson Teixeira de Lima, agente comunitário de saúde desde 2001, na área de saúde a gratificação é recebida por todos os profissionais, com exceção dos agentes (endemias e comunitários). "Desde janeiro enviamos ofício, mas nunca fomos convocados para discutir a nossa reivindicação. Estamos unidos e vamos entrar em greve se a prefeitura não apresentar a proposta de pagamento dessa gratificação", garante Jeferson.
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