terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Helicóptero e carros de luxo são sequestrados após operação no RN

Operação da PF combate lavagem de dinheiro no RN, PB, CE e PE.
Mais de R$ 400 milhões podem ter sido sonegados por suposto esquema.
Carros de luxo foram apreendidos durante a Operação Salt no RN, PB, PE e CE (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
Carros de luxo foram apreendidos durante a Operação Salt (Foto: Divulgação/Polícia Federal)


Um helicóptero e carros de luxo estão entre os bens sequestrados na Operação Salt (sal em inglês), deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (17) para combater crimes tributários e lavagem de dinheiro nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Pernambuco. O delegado Rubens França, da PF, detalhou que um empresário do ramo salineiro de Mossoró, na região Oeste potiguar, é o principal suspeito de operar a organização criminosa, que criou mais de 38 empresas em nome de laranjas para sonegar impostos.


Grande quantia em dinheiro também foi apreendida durante a operação     (Foto: Divulgação/Polícia Federal do RN)
Grande quantia em dinheiro também foi apreendida
(Foto: Divulgação/Polícia Federal do RN)

Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró, Grossos e Macau, no RN, além de Catolé do Rocha, na Paraíba, e Fortaleza, no Ceará. A operação apreendeu quase R$ 100 mil em dinheiro, carros de luxo, joias e documentos que comprovam a existência do grupo econômico, segundo informou o delegado França. "Também foram sequestrados diversos bens através de medidas judiciais", acrescenta. Até o momento duas pessoas foram detidas, ambas em Mossoró e por posse ilegal de arma.
De acordo com Rubens França, o grupo criava uma empresa e a mesma funcionava normalmente até determinado momento. "Quando a empresa adquiria um ativo tributário, era criada uma nova em nome de laranjas, que recebia todos os bens e a parte financeira da anterior, deixando apenas as dívidas. Com isso, a Receita Federal não tinha como sequestrar os bens e o ativo financeiro para quitar os débitos", ressalta o delegado.

A estimativa da Receita Federal é que o grupo tenha uma dívida de mais de R$ 430 milhões. A investigação, ainda de acordo com a Polícia Federal, durou cerca de seis meses e revelou que o grupo criava empresas nos ramos salineiro, de carcinicultura, tecelagem, venda de veículos e combustível. Participaram da operação 88 policiais federais.
 
Por: G1/RN

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