domingo, 29 de abril de 2012

ESCASSES DE ÁGUA NO AGRESTE POTIGUAR

      A escassez de água é um problema ambiental cujos impactos tendem a ser cada vez mais graves caso o manejo dos recursos hídricos não seja revisto pelos países. Atualmente, mais de um bilhão de pessoas já não têm acesso a água limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias. A pecuária, que por vezes contamina rios e lençóis freáticos, contribui de maneira decisiva para a escassez de água, uma vez que, de acordo com relatório publicado em 2003 pela FAO, para se produzir 1 kg de carne são consumidos cerca de 15.000 litros de água, enquanto são necessários apenas 1.300 litros para se produzir a mesma quantidade de grãos.
      Embora a água evapore e retorne sob forma de água relativamente pura e potável, ocorrendo nos oceanos a maior parcela dessa evaporação, poderá ocorrer contaminação caso a atmosfera e o solo estejam poluídos em excesso. A água não acaba, pois seu ciclo acontece em um sistema fechado, porém o risco de contaminação a longo prazo é real. Nesse sentido, o mais importante não é apenas poupar água, e sim garantir que os meios em que circula (atmosfera e solo) estejam isentos de poluição. 
     No nordeste brasileiro ocorre a SECA, trata-se de um fenômeno natural, caracterizado pelo atraso na precipitação de chuvas ou a sua distribuição irregular, que acaba prejudicando o crescimento ou desenvolvimento das plantações agrícolas.De acordo com registros históricos, o fenômeno aparece com intervalos próximos a dez anos, podendo se prolongar por períodos de três, quatro e, excepcionalmente, até cinco anos. As secas são conhecidas, no Brasil, desde o século XVI.A seca é o resultado da interação de vários fatores, alguns externos à região (como o processo de circulação dos ventos e as correntes marinhas, que se relacionam com o movimento atmosférico, impedindo a formação de chuvas em determinados locais), e de outros internos (como a vegetação pouco robusta, a topografia e a alta refletividade do solo).A ação do homem também tem contribuído para agravar a questão, pois a constante destruição da vegetação natural por meio de queimadas acarreta a expansão do clima semi-árido para áreas onde anteriormente ele não existia.Não é possível se eliminar um fenômeno natural. As secas vão continuar existindo. Mas é possível conviver com o problema. O Nordeste é viável. Seus maiores problemas são provenientes mais da ação ou omissão dos homens e da concepção da sociedade que foi implantada, do que propriamente das secas de que é vítima.Soluções implicam a adoção de uma política oficial para a região, que respeite a realidade em que vive o nordestino, dando-lhes condições de acesso à terra e ao trabalho. 
    Dirigente licenciado da Fetarn, Manoel Cândido da Costa disse que em relação ao inverno, a Fetarn já considera “o momento delicado” e acha que não ocorram mais chuvas fortes este ano no nordeste: “Não acreditamos mais inverno daqui pra frente”. Manoel Cândido diz que na região Agreste, por ser mais próxima do litoral e em áreas de serras, possa ser que haja alguma safra de fruticultura permanente, como o caju: “Com qualquer chuva pode ser que se produza alguma coisa”. Segundo Cândido, as chuvas do começo do ano trouxeram um certo alívio para encher os reservatórios de água, mas “vamos ter problemas lá na frente” porque os pequenos açudes e barragens “vão secar  mais cedo” pela descontinuidade das chuvas. “A velha solução”, continuou ele, será o abastecimento de água por carros pipas nas áreas rurais onde não existem distribuição de água encanada e os poços, em sua  maioria, são de água salobra.  O dirigente da Fetarn informou que a instituição está elaborando um documento para ser entregue à governadora Rosalba Ciarlini, com propostas de convivência do homem do campo com a situação de seca em 139 municípios do Rio Grande do  Norte, os quais vão precisar decretar estado de emergência para passarem a receber recursos do governo federal para enfrentamento do problema da estiagem.
   No município de Santo Antônio, apesar de ter abastecimento de água encanada sua fonte não é suficiente, muitas ruas da cidade e comunidades do município sofrem com o racionamento de água, sendo necessário o abastecimento por carros pipas para todo o município. Diante da realidade vivida, é preciso ser um cidadão consciente e não desperdiçar, nem poluir esse bem tão precioso.

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