quinta-feira, 17 de maio de 2012

Contra estiagem, governo baiano quer fabricar chuva

foto  ilustração
O governo baiano pretende ‘fabricar’ chuva para amenizar os efeitos da prolongada estiagem no Estado, que deixa 238 dos 417 municípios em situação de emergência e afeta, segundo a administração estadual, 2,7 milhões de pessoas. Segundo a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), os prejuízos causados pela seca, considerada a maior no Estado nos últimos 47 anos, ultrapassam R$ 100 milhões.
A Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) está finalizando os estudos, junto com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (Inema), para o início da operação de indução de chuvas nas áreas mais castigadas pela seca, as regiões de Irecê, na Chapada Diamantina, e de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano.
A tecnologia para a ‘fabricação’ de chuva consiste em pulverizar, com uso de aviões, água potável em nuvens que estejam nas regiões, tornando-as mais densas e propensas à precipitação. Segundo a Seagri, o procedimento, criado no Brasil, não agride o meio ambiente e, além de diminuir problemas de abastecimento, ajuda na recuperação de nascentes. A técnica já vem sendo adotada, nos últimos anos, em fazendas particulares que atravessam problemas pontuais de fornecimento de água, com bons resultados.
De acordo com o secretário Eduardo Salles, a ideia é iniciar a operação com um projeto-piloto nas duas regiões, ao custo de R$ 200 mil. A empresa ModClima está sendo contratada para realizar 12 horas de voos nas áreas. Caso a experiência tenha sucesso, o uso da tecnologia será ampliado para outras regiões do Estado.

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