UFRN quer punir culpados por invasão e depredação

TN

A Polícia Federal irá abrir inquérito para investigar a invasão ao prédio do DAS – Departamento de Assistência à Saúde do Servidor, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

De acordo com o professor  Herculano Campos, diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes-CHHLA, o local foi invadido na noite da última segunda-feira, tendo sido encontrado sujo e danificado. Seguranças do Campus afirmaram que os vândalos tiveram acesso ao local violando a entrada de um ar-condicionado, na parede de um dos ambientes do DAS.

Por fora, o prédio permanece interditado, chamando atenção de curiosos e servidores que passam pelo local. Por dentro, feita a perícia, a Universidade dará início à limpeza, já que algumas paredes foram encontradas com pichações e fezes.

Apesar da informação de que portas e armários foram arrombados por ocasião da invasão, ainda não há maiores informações a respeito do prejuízo causado pelos vândalos ao patrimônio da Universidade, mas as providências para que as análises neste sentido sejam feitas, já estão sendo tomadas pelas autoridades competentes.

A Polícia Federal esteve no local na manhã de ontem para realizar  perícia e de acordo com o Diretor do CCHLA, a UFRN está fazendo o levantamento de imagens que possam ajudar nas investigações.

De acordo com Campos, após a identificação dos vândalos e  da avaliação dos prejuízos, serão tomadas as decisões no sentido de responsabilizar quem tenha causado dano ao patrimônio da instituição.

Apesar dos transtornos, não há problema com o andamento e encerramento deste semestre e planejamento do próximo. A Universidade providenciou salas de aula para que as atividades não fossem prejudicadas.“Os últimos dias foram de negociações ” , afirma Herculano, referindo-se à ocupação do Deart, por estudantes.

Alunos decidem desocupar Deart, mas mantêm manifesto

Alunos do Deart que ocupam desde o último dia 6 as dependências do prédio decidiram dar início nesta semana à retirada do grupo do local.

A aluna Júlia Cooler declarou que a ideia é de que a desocupação  seja feita com cortejo musical e uma série de programações que irá comemorar o que ela considera uma conquista: a utilização dos espaços externos do Deart para intervenções artísticas. A estudante ressalta, ainda, que não deve ser feita ligação deste movimento à recente violação do prédio do DAS.

A vice-coordenadora do curso de Artes, Lauritta Sales, destaca a importância que o Deart tem para a Universidade e para o país, e valoriza o manifesto dos estudantes: “Tudo isso está trazendo uma discussão importante sobre o que é a Escola de Artes. É importante sempre aproximar o diálogo com todos envolvidos na instituição”, encerra.