Um dos maquinistas do trem que atropelou duas mulheres na manhã desta quarta-feira (23) na zona Norte de Natal afirma que a culpa não é da locomotiva. Em entrevista concedida com exclusividade à equipe da Inter TV Cabugi, o profissional contou que estava trabalhando como auxiliar e não viu exatamente onde estavam as mulheres. Segundo ele, a buzina foi acionada e a velocidade reduzida, mas não foi possível evitar a colisão. “Eu só vi quando os corpos voaram. Mais nada”, pontua.
O trabalhador não quis ter sua identidade divulgada. Ele falou sobre o hábito das pessoas de andarem sobre a linha férrea. “O povo está muito mal acostumado com as passagens de nível. O trem não tem culpa de nada. Porque o trem não se desvia. As pessoas pensam que dá para ir”, diz.
De acordo com o profissional, ele atuava como auxiliar do maquinista principal quando a emergência foi acionada. O ângulo de visão não permitiu que ele visse as vítimas. “Eu vinha como auxiliar e quando [o trem] chegou próximo à cancela buzinando, com velocidade reduzida, os carros já parados, entraram duas mulheres, mas não deu tempo delas atravessarem. O maquinista acionou a emergência e os dois corpos voaram”, relata. Ele reforçou que, apesar do acionamento do sistema de emergência, a locomotiva não tem condições de parar.
Apesar de não ter visto nada, o funcionário acredita que houve distração das mulheres. “Não sei o que aconteceu. Acho que elas estavam bastante distraídas, porque não ver um trem desse numa passagem aberta, reta... acho que alguma coisa deve ter acontecido”, conclui.
O atropelamento
O atropelamento das duas mulheres aconteceu por volta das 6h15 desta quarta-feira (23) na linha férrea que corta o conjunto Soledade I, sobre a passagem de nível que fica na avenida Pico do Cabugi, no bairro Potengi, zona Norte da cidade. Morreram Maria do Carmo Leal, de 43 anos, empregada doméstica, e Juvaneide Francisca de Freitas, também de 43 anos.
Fonte: G1/RN
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