Os permissionários do transporte alternativos de Natal
desocuparam a Câmara Municipal na manhã desta quarta-feira (30). De
acordo com o presidente do Sindicato dos Transportes Opcionais e
Alternativos do Rio Grande do Norte
(Sitoparn), Nivaldo Andrade, os trabalhadores resolveram deixar a sede
do legislativo após agendarem, com a mesa diretora da Casa, uma reunião
prevista para as 11h.
"O que nós procuramos é a melhoria para a própria população de Natal", afirmou o representante da categoria.
Nesta terça-feira (29), os trabalhadores informaram que permaneceiram
no local até a votação da Lei Orgânica do Município transferindo para a
prefeitura o controle da emissão de passagens do transporte público.
O projeto que altera a Lei Orgânica marcou o retorno do funcionamento
da Câmara Municipal, que teve as atividades legislativas suspensas após a ocupação de manifestantes na entrada do prédio.
No entanto, a votação da proposta foi adiada depois que 12 vereadores
apresentaram uma emenda aditiva pedindo alterações na questão da venda
de passagens do transporte urbano. Por conta da emenda, o projeto
original encaminhado pelo Executivo Municipal precisa ser levado à
Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Vereadores e não
poderia ser votado nesta terça.
O adiamento da votação causou revolta em motoristas e cobradores do
transporte alternativo que lotavam as galerias. A pressão levou o
presidente da Casa Legislativa, Albert Dickson (PP), a suspender a
sessão. O texto da emenda define que a Prefeitura de Natal apenas fiscalize a venda do bilhete do transporte urbano, enquanto que a venda seria feita pelas empresas de transporte.
Os sindicalistas discordam da proposta e pedem que o Município assuma a
venda. No transporte convencional a comercialização é feita pelo
Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros (Seturn).
Entretanto, os alternativos alegam que não teriam força para competir
com o Seturn, que segundo o Sitoparn, utiliza uma empresa terceirizada
para administrar a venda dos bilhetes.
Os vereadores que assinaram a emenda argumentam que a Prefeitura de
Natal não tem estrutura para assumir a venda sozinha. Os parlamentares
são Ubaldo Fernandes (PMDB), Bertone Marinho (PMDB), Chagas Catarino
(PP), Aquino Neto (PV), Aroldo Alves (PSDB), Eudiane Macedo (PHS),
Dickson Junior (PSDB), Bispo Francisco de Assis (PSB), Dagô (DEM), Adão
Eridan (PR), Luiz Almir (PV) e Júnior Grafith (PRB).
Informações do G1/RN
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