O Conselho Tutelar, a Polícia Militar com a ROCAN, o GTO – Grupo Tático Operacional, a guarnição e até o Serviço Reservado, com a cobertura exclusiva da Gazeta do Agreste, fizeram uma mega-operação nos pontos críticos apontados pela nossa reportagem como foco de consumo, tráfico de drogas e prostituição, inclusive com menores de idade.
A resposta da polícia à reportagem da Gazeta do Agreste foi rápida. A operação começou por volta das 20hs, desta segunda-feira (25), quando policiais militares começaram abordando suspeitos na Praça de Eventos, com apoio do Serviço Reservado, em seguida os policiais entraram no matagal por trás da loja Pérola Veículos onde abordaram um casal que namorava no muro de uma residência. Três menores que vinham de dentro do matagal também foram abordados e entregues ao Conselho Tutelar.
A presença da polícia começou despertando a atenção e curiosidade da sociedade. As praças que só tinham drogados e prostitutas ficaram “limpas” com a intimidação da operação policial.
Por volta das 21h30 o GTO – Grupo Tático Operacional - com apoio das motos da ROCAN, fez um cerco dentro do matagal que vai do prédio da Honda até as proximidades da UERN de Nova Cruz, varrendo todo o local em busca de menores se prostituindo, usando drogas ou até mesmo traficando drogas.
Às 22hs, outra batida, a polícia abordou quatro homens e os revistaram nas proximidades da Praça Barão do Rio Branco, e duas meninas menores da idade, que estavam no local, foram levadas pelo Conselho Tutelar.
A operação foi intensificada em vários pontos de Nova Cruz, “sacudindo” a cidade e mostrando aos infratores que a PM está presente e o Conselho Tutelar está atuando. O Escrivão de Polícia Civil, Moacir Felipe, também apoiou se disponibilizando a registrar o flagrante imediatamente caso alguém fosse detido durante a operação.
O problema
O resultado positivo da operação e a presença da PM nas ruas, não indica que o fato foi solucionado e que à partir de amanhã não existirão mais viciados e prostitutas circulando pelas ruas, pois tal problema não depende exclusivamente da PM ou do Conselho Tutelar, mas sim de todas as autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário.
Medidas importantes a serem adotadas são: iluminar os pontos críticos da cidade, colocar câmeras de monitoramento para que a polícia tenha acesso e identifique pessoas que possam estar cometendo delitos, e cobrar, do Governo do Estado, investimentos para segurança pública como veículos e aparelhagem para o trabalho dos policiais.
Além disso, pesa em Nova Cruz a ausência de um Delegado de Polícia para atender exclusivamente ao município. Atualmente apenas um delegado, titular da 6ª DRP, comanda 22 cidades e não tem tempo sequer de aparecer na cidade, e quando vem é para assinar os flagrantes, não produzindo nenhum trabalho investigativo por parte da Polícia Civil, o que seria extremamente importante.
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