Dezenas de manifestantes
se aglomeraram na porta do Walfredo Gurgel.
Ato foi alusivo ao médico que usou nylon em cirurgia por não ter fio de aço.
Ato foi alusivo ao médico que usou nylon em cirurgia por não ter fio de aço.
Médicos do Rio Grande do Norte realizaram no final da
manhã deste sábado (26), em Natal, um protesto contra as condições
alarmantes em que se encontra a saúde pública no estado, percorrendo trechos
das avenidas Hermes da Fonseca e Salgado Filho – entre a Associação Médica do
RN e o Complexo Hospitalar Monsenhor Walfredo Gurgel. A 'Marcha do Fio de Aço',
como foi chamado o ato, recebeu este nome em alusão à falta de fio de aço para
fechar um paciente durante uma cirurgia de emergência realizada no próprio
Walfredo Gurgel - maior unidade pública de saúde no estado. A situação levou o
cirurgião Jeancarlo Cavalcanti, que também é presidente do Conselho Regional de
Medicina do RN, a filmar o caso. As imagens foram exibidas pelo Jornal Hoje, da
Rede Globo, no último dia 17.
Jeancarlo
participou da 'Marcha do Fio de Aço'. Ele disse que estuda, enquanto presidente
do Cremern, rebater as denúncias feitas pelo Governo por meio de uma ação.
“Estou vendo essa possibilidade. A saúde do Rio Grande do Norte está um caos.
Faltam medicamentos, equipamentos básicos e os corredores das unidades estão
lotados. Também faltam leitos de UTI e os profissionais estão desmotivados e
não recebem da governadora, que é médica, o valor que merecem”, disse ele. Greve
Boneco serve de protesto!
No próximo
dia 29, a greve dos médicos do Estado completa 9 meses. O Sindicato dos Médicos
do RN disse que a categoria foi surpreendida, no último dia 15, com uma nota
oficial do governo anunciando, compulsoriamente, o reajuste para os médicos e
corte do ponto para os grevistas. “Ainda assim, os médicos mantiveram o
movimento grevista, visto que, haviam outras reivindicações. Nossa luta não é
somente e nem principalmente por questão salarial. Lutamos por melhores
condições de trabalho. Ao que parece, o Governo não sabe ou não quer saber
disso. Lutamos por dignidade”, declarou o presidente do Sinmed, Geraldo
Ferreira.
G1/RN
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