quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Policiais protestam e deixam presos algemados no meio da rua em Natal

Presos algemados ficaram no meio da rua durante protesto de policiais civis em Natal (Foto: Matheus Magalhães/Inter TV Cabugi)
Presos algemados ficaram no meio da rua durante protesto de policiais civis em Natal (Foto: Matheus Magalhães/Inter TV Cabugi)

Um protesto de policiais civis contra a superlotação dos centros de triagem de detentos em Natal deixou seis suspeitos de roubos de veículos algemados em meio a avenida Ayrton Senna, uma das mais movimentadas da zona Sul da capital. O protesto aconteceu na manhã desta quinta-feira (13) em frente ao Centro de Detenção Provisória do conjunto Pirangi.
 
De acordo com agente de polícia Jair Dantas, a situação dos CDPs está insustentável. "A gente não aguenta mais. Nós temos presos que voltaram das delegacias de plantão da zona Sul, da zona Norte e da delegacia de Defraudações. Vamos ter que ficar aqui o dia todo? Tem que acabar com essa situação", disse.
Em novembro do ano passado, quatro presos aguardaram por transferência por mais de 12 horas, oriundos do mesmo centro de triagem. Na última segunda-feira (13), um homem suspeito de matar a mãe queimada também foi encaminhado para a unidade juntamente com outros três detentos, mesmo ela operando superlotada. Segundo Dênis Araújo, chefe de investigação do Delegacia de Plantão da zona Sul de Natal, a direção do CDP de Pirangi chegou a não querer receber os detentos em razão da superlotação. "Levamos eles para lá e, a princípio, eles não foram recebidos, pois de acordo com a direção não havia vagas", explicou.

CDPs no RN

Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte (Sejuc), são 20 os centros de detenção provisória em todo o estado, sendo seis em Natal e 14 no interior. Em todos eles, a superlotação é um problema constante. Em nota, a Sejuc disse que "está empenhada para amenizar o problema de falta de vagas no sistema, através de projetos de reformas e construção de novas unidades".
Ainda em nota, a Sejuc explicou que as unidades prisionais do estado estão interditadas e só podem receber novos presos com autorização judicial. Mesmo assim, só recebe "à medida que apareçam novas vagas no sistema penitenciário, com a saída de presos através de alvarás de soltura ou progressão de regime.

Informações do G1/RN

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