PM do RN apresenta robô antibomba que será usado na Copa do Mundo

Robô antibomba foi apresentado pela PM como equipamento de segurança para a Copa do Mundo em Natal (Foto: Arthur Barbalho/G1

A Polícia Militar do Rio Grande do Norte apresentou nesta terça-feira (11) um robô antibombas e parte do equipamento que será usado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) durante a Copa do Mundo. O evento aconteceu na sede do Bope, no conjunto Potengi, na zona Norte de Natal. Segundo o coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, comandante da PM no estado, o material já está disponível para uso e custou cerca de R$ 2,5 milhões. Ele foi adquirido por meio de um convênio entre o Governo do Estado e a Secretaria Nacional de Grandes Eventos, e ficará na corporação após o Mundial.

 

O robô é o equipamento que envolve maior tecnologia. Segundo o tenente Raphael Nascimento, coordenador do Curso Técnico de Explosivistas Policiais, o equipamento é de fácil manuseio e pode ser operado à distância. "Esse aparelho vem equipado com quatro câmeras, uma na base, que serve para guiar o robô, duas nas articulações e outra na topo do equipamento, que identifica o material onde possa estar o possível explosivo. Todo o equipamento é controlado por um notebook que utiliza um software específico, que pode ser operado de uma distância de até 150 metros", explicou ele.

Além do robô, um raio-X de última geração também faz parte dos aparelhos adquiridos. "Com esse equipamento é possível identificar o que tem dentro de uma mochila, por exemplo, sem precisar abri-la. Isso pode garantir a integridade física de um agente", explicou o tenente Raphael.
A simulação foi organizada pelo coronel Marcus Vinícius Silva da Cruz, comandante do Bope. Segundo coronel, 22 homens de seis estados participaram do curso. "Tivemos homens do RN, além de policiais da Bahia, Piauí, Alagoas, Paraíba e Amapá. Foram 45 dias atividades teóricas, voltadas para a orientação e conhecimento do material que será utilizado. De hoje até a Copa do Mundo esse grupo estará participando de exercícios para se acostumar a trabalhar com esses equipamentos.
Ao G1, o coronel Marcus Vinícius explicou que os R$ 2,5 milhões investidos englobam vários equipamentos, com destaque para os trajes antibombas e para um robô que será utilizado para identificação de explosivos. "Foram adquiridos quatro trajes, que pesam cerca de 30 quilos. Esse equipamento está apto a suportar o uma explosão de até 15 quilos de TNT, que é uma espécie de explosivo", disse ele.

População segura

Segundo o coronel Marcus Vinícius, com os equipamentos a população terá um atendimento de excelência durante a Copa do Mundo. "Esse material vai proporcionar uma Copa do Mundo com mais segurança, garantindo que o esquadrão antibombas do Bope possa auxiliar com mais qualidade qualquer solicitação da população", falou ele.
Ainda de acordo com o coronel, o Bope vai trabalhar em parceria com os locais que irão receber os eventos relacionados à Copa em Natal. "Já estamos em contato com a Arena das Dunas e com os hoteis que irão receber as delegações. Estaremos realizando exercícios também nesses espaços para que possamos conhecer onde vamos atuar. Teremos uma Copa segura, para os moradores e para os turistas", disse.

Legado

Segundo o coronel Francisco Canindé Araújo Silva, foram adquiridos ainda mais R$ 4,5 milhões de reais em armamentos não letais. "Esse material adquirido servirá para a prevenção de possíveis incidentes. Além disso, estamos esperando ainda o equipamento de combate a acidentes nucleares, que também faz parte desse trabalho, além dos carros adaptados para o transporte dos equipamento", disse
De acordo com o coronel, o material é o principal legado para a segurança pública do Rio Grande do Norte. "São equipamentos nossos, que após o Mundial estarão à disposição da população. Esse legado é importante, pois tivemos o treinamento e também o material que poderá ser usado em ações que não estejam relacionadas em grandes eventos", disse.

 

Trajes antiflagelação também estão a disposição dos PMs que farão a segurança durante a Copa em Natal (Foto: Arthur Barbalho/G1)