segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Wilma de Faria defende candidatura em bloco da oposição

Ex-governadora diz que as legendas oposicionistas precisam crescer porque DEM e PMDB já estão unidos.

A ex-governadora do Rio Grande do Norte e presidente estadual do PSB, Wilma de Faria defende uma candidatura em bloco da oposição no pleito de Natal, já no primeiro turno.

"Há um grupo muito forte que se alterna no poder há décadas e hoje eles estão unidos", disse a professora numa referência ao acordo já fechado entre o Democratas e o PMDB. “Sem haver o contraditório, sem ter a oposição, a democracia se fragiliza”, destaca Wilma.

A presidente estadual do PSB diz que é necessário que os partidos tenham uma estratégia para 2012 e 2014 e que tem que pensar no estado não só para hoje, mas também no amanhã e por esse motivo tem conversado com vários partidos e estão abertos ao diálogo para pensar no futuro e encontrar soluções.

Em uma eventual candidatura em bloco da oposição, a professora Wilma defende que o povo é que deve decidir “quem abre para quem”. “As pessoas se apressam muito e querem logo uma chapa que seja vitoriosa antes de chegar o pleito e isso exige de calma e paciência. Para haver democracia é preciso ter diálogo e discutir os problemas”, conclui Wilma.

Wilma de Faria insiste em não assumir a candidatura para as Eleições 2012, mas sinaliza a possibilidade. Recentemente o Congresso Estadual do PSB sinalizou a provável candidatura de Wilma em Natal, e a de Larissa Rosado em Mossoró como forma de um projeto do PSB para 2012.

Mesmo diante dessa situação, a ex-governadora não confirma e diz que isso acontece devido o apoio do partido e da população que são simpatizantes da candidatura, e que este é um momento de reflexão e de grande responsabilidade diante das dificuldades que Natal enfrenta. “Natal tem problemas graves, que devem ser discutidos por toda a população, mas a questão eleitoral está em pauta. Estamos comandando o partido e trabalhando para fazer o PSB crescer cada vez mais”.
Foto: Delma Lopes/Nominuto.com
Ex-governadora nega qualquer tipo de discussão sobre sua candidatura a vereadora de Natal.

Wilma de Faria tem se contido em dizer se será não candidata em 2012 e para ela a questão não é ser ou não candidata e sim pensar em um projeto para Natal, que cresceu bastante e enfrenta grandes problemas. Para a ex-governadora, precisa haver uma integração de esforços entre os gestores e as cidades para se fazer um projeto para Natal.

Apesar da indefinição, a presidente estadual do PSB disse que tem até junho de 2012 para definir a candidatura do partido, mas que muitas vezes é preciso antecipar os fatos, o que nesse caso não é necessário. Ela afirma que seu nome está à disposição do PSB, por ser uma pessoas que pensa na população, e que no que se refere em candidatura dita espontaneamente pelo povo, ela já é pré-candidata.

A ex-governadora nega qualquer tipo de discussão sobre sua candidatura a vereadora de Natal. Ela enfatiza que ninguém nunca chegou até ela para fazer esse tipo de pleito. Mas apenas para tratar da questão da candidatura a prefeita. Por esse motivo Wilma se sente recompensada pela forma carinhosa que as pessoas a tratam.

Wilma de Faria tem crescido nas pesquisas não só para a disputa do pleito em Natal em 2012, mas para as projeções que se fazem para 2014. Questionada se ela atribui esse crescimento ao desgaste do Governo Rosalba, ela diz que é natural todo governo que começa enfrentar problemas. “Todo início de governo enfrenta dificuldades, não existe começo fácil, até mesmo para imprimir o projeto político, embora o atual governo não tenha projetos. Tudo que está sendo feito e divulgado pela mídia são obras que foram deixadas em andamento pelo governo passado”, pontua Wilma.

Apesar da crítica, Wilma diz que quer uma oposição construtiva, responsável e vigilante. “Esse é meu papel. A democracia coloca você para realizar o contraditório, e este é o papel que estamos buscando fazer com responsabilidade. Desejo boa sorte ao governo, mas tenho obrigação de dizer o que está incomodando a população”.

Entrevista

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